sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Exame de Marcha Anormal

Marchas nas Lesões Piramidais - Lesões do Neurônio Motor Superior - Marchas Espásticas

Marcha Ceifante ou Helicópode
(Hemiplegias espásticas)
Membro inferior em extensão e o pé em leve eqüino. O membro inferior se torna rígido e aparentemente maior que o oposto. Circundução ao redor da coxa, como se ceifasse a terra (marcha ponto e vírgula) Membro superior em flexão, rotação interna, adução, unido ao tronco, e o antebraço, ligeiramente flexionado em pronação, dedos fletidos

Marcha em Tesoura
Paralisia cerebral Além da hipertonia extensora dos membros pélvicos, há acentuado hipertonia dos músculos adutores, fazendo com que as coxas se unam e os membros inferiores se cruzem para o lado oposto, conferindo à deambulação alternância cruzada em cada passo.

 Marcha Digitígrada
Verificada quando há hipertonia, sobretudo do triceps sural. A marcha se faz na ponta dos pés, marcha de bailarina

MARCHAS NAS AFECÇÕES EXTRAPIRAMIDAIS

Marcha Parkinsoniana
Marcha em bloco, pois o paciente encontra-se rígido. A rigidez muscular generalizada torna difícil o início da marcha, dando a impressão de que o enfermo se acha preso ao solo. Às vezes, só após algumas tentativas consegue iniciar a marcha, que se realiza em passos curtos, com a cabeça e o tórax inclinados para frente (bradicinesia). Antebraços e os joelhos rígidos em discreta flexão. Não há o balanço dos braços como na marcha normal.

Marcha Ebriosa ou Atáxica Cerebelar
Quando há lesão cerebelar, o paciente aumenta a base de sustentação para poder ficar de pé, já que muitas vezes é até impossível esta posição. Pode haver oscilações para os lados e tendência a quedas (ziguezague).
É difícil a marcha em linha reta, pois há desvio de marcha para o lado do hemisfério lesionado, e o enfermo, tentando compensar este erro, desvia para o lado oposto A marcha é insegura, e os passos desordenados, o paciente caminha com as pernas afastadas uma da outra, levantando-as em excesso para em seguida projeta-las com energia no solo, tocando-o com o calcanhar.

Marcha Talonante ou Calcaneante
A marcha é insegura, e os passos desordenados, o paciente caminha com as pernas afastadas uma da outra, levantando-as em excesso para em seguida projeta-las com energia no solo, tocando-o com o calcanhar.

Marchas nas Lesões do Neurônio Motor Inferior: Marchas
Paréticas, Lesões Periféricas

Marcha Escarvante
Encontrada em lesões do nervo fibular comum, não permitindo dorsiflexão do pé (pé caído), em conseqüência, o paciente ao andar flete a coxa, eleva a perna e o pé cai. O bico do sapato toca no solo como se escavasse o mesmo, por isto seu nome "escarvante" ou stepage.

Marcha de Trendelemburg
Queda da pelve para o lado oposto, déficit de glúteo médio. Este tipo de marcha pode ser causado por várias lesões, como nas miopatias, luxação bilateral de quadril, polineuropatias.

Marcha Miopátïca ou Anserina
Nela, há oscilações da bacia, as pernas estão afastadas, há hiperlordose lombar, como se o paciente quisesse manter o corpo em equilíbrio, em posição ereta, apesar do déficit muscular. A inclinação do tronco para um lado e para o outro confere à marcha a semelhança da marcha de um ganso, daí o nome de marcha anserina. Este tipo de marcha pode ser encontrada em qualquer processo que cause fraqueza dos músculos pélvicos, como nas polineuropatias pseudomiopáticas, miosites e polimiosites.


Um comentário: